casos de fraude com PIX
O Procon de Mogi das Cruzes orienta os consumidores sobre possíveis golpes por meio de transações feitas com a ferramenta PIX. Um novo mecanismo do Banco Central viabiliza a devolução dos valores em caso de fraude ou falha no sistema operacional da instituição financeira.
O sistema PIX, criado pelo Banco Central, trouxe avanço nas transações bancárias com transferências imediatas em dinheiro sem custo e pagamento sem cobrança de taxas. Isso garantiu ampla adesão dos correntistas, mas o número de golpes tem crescido diariamente.
A principal orientação, em caso de problemas, é avisar imediatamente o seu banco (de onde o valor foi debitado) assim que a pessoa identificar que foi vítima de um golpe por meio de uma transação de PIX. A solicitação de bloqueio da transferência pode ser feita pelo SAC, ouvidoria ou chats dos aplicativos dos bancos. É importante também que se faça contato com o banco recebedor, informando os dados da transação (número da conta, nome do beneficiário, valor), que constam no comprovante. O próximo passo é registrar um boletim de ocorrência.
Outra medida que o Procon recomenda é registrar uma reclamação junto ao Banco Central contra a instituição recebedora dos valores indevidos, pois cabe a ela zelar pela segurança do dispositivo, rastreando contas que recebem denúncias de fraude. O link para o registro da reclamação é este: www.bcb.gov.br/acessoinformacao/registrar_reclamacao
A coordenadora do Procon de Mogi das Cruzes, Fabiana Bava, explica que o Banco Central estabeleceu no fim do ano passado o Mecanismo Especial de Devolução e Bloqueio Cautelar. Este conjunto de regras serve para viabilizar a devolução de um PIX nos casos em que exista suspeita do uso da ferramenta para prática de fraude ou falha no sistema operacional de tecnologia da informação das instituições envolvidas. “Com essa nova possibilidade, as instituições podem bloquear os valores transferidos por 72 horas em caso de suspeita de fraude, o que aumenta a probabilidade de recuperação do dinheiro pelas vítimas desses crimes”, complementa a coordenadora.
Esse bloqueio não pode ser solicitado para o caso do pagador que se confundiu e transferiu recursos para chave errada, nem para problemas de consumo, como falta de entrega de produto, cancelamento de compra e outros semelhantes. Nestas situações, o consumidor deve procurar o Procon para abertura de uma reclamação.
Os usuários devem estar atentos:
Links e falsos sites
- Links suspeitos recebidos por SMS, e-mail, redes sociais que redirecionam para sites falsos para roubar dados.
- Golpistas que se fazem passar por agentes bancários e alegam que a pessoa deve fazer o cadastro da chave PIX para não bloquear a conta e enviam links para o procedimento. Supostos testes do PIX, também são fraudes.
- Só cadastre a chave PIX diretamente no banco ou no aplicativo, nunca por links enviados ou outras formas.
WhatsApp clonado
- Os golpistas clonam contas de WhatsApp e conseguem ter acesso à lista de contatos do usuário, encaminhando mensagens pedindo dinheiro. Os criminosos também podem criar um perfil falso da vítima usando fotos reais de suas redes sociais, se passando por uma pessoa próxima e alegando que mudou de número. Após uma breve conversa, começam a pedir dinheiro.
- Desconfie de pedidos de dinheiro. Não informe códigos ou outras informações sobre seu WhatsApp, mesmo que as receba de um contato seu. Não transfira dinheiro para amigos ou conhecidos que surjam pedindo dinheiro para você sem confirmar que realmente se trata daquela pessoa.
“Falha no PIX”
- Por meio de mensagens, o golpista informa que existe uma falha no PIX, e para corrigi-la, a vítima precisa enviar um PIX para receber um prêmio ou transferência bloqueada por tal falha. O usuário efetiva a transferência para efetivar o suposto desbloqueio.
- Desconfie de promoções, prêmios ou pedidos de dinheiro recebidos por texto. Nunca clique em links recebidos por e-mail, WhatsApp, redes sociais ou SMS para cadastro da chave do PIX.
Falsas centrais de atendimento
- Os golpistas criam contas no WhatsApp, se passando por bancos ou outras instituições financeiras, a fim de solicitar informações sigilosas ou enviar links maliciosos aos usuários. Nunca compartilhe o código de verificação de contas de redes sociais, Pix ou aplicativos de mensagens recebidas. Caso tenha algum direito do consumidor violado, procure o Procon.
Para reclamações junto ao Procon à distância, envie um e-mail para: atendimento.procon@pmmc.com.br. Já para atendimento presencial o agendamento é feito pelo site da Prefeitura de Mogi: agendamentopac.pmmc.com.br
Outras informações pelo telefone 4798-5090.