Controle da Leishmaniose Visceral
Mogi das Cruzes está participando da Semana Estadual de Prevenção e Controle da Leishmaniose Visceral, que acontece entre os dias 10 e 15 de agosto. Neste ano, em função das restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus, as ações devem ser realizadas pela população em casa, com mutirão de limpeza no quintal, poda de árvores, recolhimento de folhagens e frutos caídos e higienização dos abrigos de animais de estimação, entre outros cuidados.
A Leishmaniose Visceral é uma doença grave causada pelo protozoário Leishmania infantum e transmitida por um vetor, um inseto flebotomíneo conhecido como mosquito-palha. É uma doença grave para humanos e cães, que são considerados importantes reservatórios do parasita. A transmissão entre pessoas e animais ocorre apenas através da picada do mosquito, que costuma atacar ao entardecer e à noite.
Para prevenir a Leishmaniose Visceral é preciso combater a proliferação do mosquito-palha, eliminando locais úmidos e sombreados que acumulam matéria orgânica em decomposição, como em jardins e pomares, ambientes propícios para a reprodução do inseto. As principais dicas são: não permitir o acúmulo de folhagens e/ou frutas caídas no jardim/pomar/quintal, não acumular lixo em casa ou no quintal, nem jogar em terrenos baldios, manter a limpeza e higiene do quintal e dos espaços ocupados pelo cão.
Desde 2012, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo promove uma semana preventiva. Isso porque o tratamento dos cães infectados é caro e de eficácia limitada. Além disso, mesmo que os sinais clínicos desapareçam, muitos animais tratados continuam portadores do parasita, representando um risco à saúde de humanos e cães sadios.
O uso de coleiras com produtos repelentes é uma maneira segura e cientificamente comprovada de proteção para os animais, evitando que se infectem com o agente causador da Leishmaniose Visceral. Alguns sinais de doença no cão são crescimento exagerado das unhas, emagrecimento e problemas de pele de difícil resolução como falhas na pelagem, descamações, feridas que não cicatrizam, entre outras.
Apesar de grave, a Leishmaniose tem tratamento para os humanos, que devem observar sintomas como febre, barriga inchada, perda de peso, falta de apetite, cansaço e febre. Em caso de suspeita, é preciso procurar um serviço de saúde mais próximo porque o diagnóstico precoce é importante e pode salvar vidas Outros cuidados preventivos são uso de repelente e telas protetoras.