produzidos de forma voluntária ao Fundo
A presidente do Fundo Social de Mogi das Cruzes, Karin Melo e o vice-prefeito, Juliano Abe, receberam, na manhã desta quinta-feira (02/04), a doação de 120 protetores faciais, que serão encaminhados para os profissionais da área da Saúde. Os itens foram confeccionados e doados pelo Projeto Higia, que é coordenado na cidade pela terapeuta ocupacional mogiana Natacha Harumi Ota.
O grupo, que desenvolve um trabalho totalmente voluntário, iniciou no último dia 17 a produção desses protetores individuais, tão logo foi declarada a quarentena no Estado de São Paulo. O projeto foi idealizado por Mayra Vasques (PH em Odontologia na USP) e Maria Elizete Kunkel (Docente da Unifesp), embaixadoras do grupo Women in 3D printing do Brasil. Assim que surgiu a demanda, foram formados grupos para desenvolver o equipamento de proteção individual, de acordo com as validações médicas da Unifesp.
Atualmente, são 10 voluntários no Alto Tietê empenhados no projeto e mais de 1.200 em todo o Brasil. Cada voluntário possui uma ou mais impressora 3D em casa ou no local de trabalho e produz, a partir do equipamento, o arco, a ser colocado na testa dos profissionais, que sustenta uma folha comprada já pronta de acetato.
“É importante lembrar que trata-se de um protetor facial, que não exclui a necessidade do uso de uma máscara. O usuário precisa manter o uso da máscara (cirúrgica, N95), óculos, touca e, por cima colocar o protetor facial, que serve como uma barreira a mais de proteção contra gotículas, sangue, secreções”, explica Natacha.
A demanda inicial na cidade foi de mil protetores faciais. Desse total, em torno de 600 já foram entregues. Além disso, o grupo já está recebendo mais pedidos, de hospitais públicos e privados, unidades de saúde, de pronto atendimento, clínicas médicas, Corpo de Bombeiros, serviços de atendimento de urgência e emergência, farmácias e todos os que estão expostos ao atendimento de pessoas que podem estar contaminadas com o novo coronavírus.
Natacha lembra que, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), existe uma regulamentação temporária e em caráter emergencial, que permite a produção dessa forma, mantendo as boas práticas de produção, ambiente limpo, higienizado, entre outras práticas e boas condutas.
A presidente do Fundo Social de Mogi das Cruzes, Karin e o vice-prefeito, Juliano Abe, agradeceram muito pela iniciativa. “É muito bom saber que, em meio a tudo o que estamos vivendo, há pessoas do bem que estão se mobilizando para ajudar da maneira que podem. Saibam que esses protetores serão muito bem recebidas por parte daqueles que seguem se empenhando e se expondo diariamente em prol da saúde de todos”, pontuou Karin. (Lívia de Sá)