até sábado (04/01), no Centro Cultural
Está aberto para visitação, até sábado (04/01), o 6° Salão de Artes Plásticas de Mogi das Cruzes. A mostra, que ocupa a Galeria de Artes Wanda Coelho Barbieri, no Centro Cultural, é composta por 28 obras, que foram previamente inscritas pelos artistas interessados e selecionadas pela comissão julgadora do evento.
O secretário municipal de Cultura e Turismo, Mateus Sartori, explica que, em respeito à memória dos projetos realizados no passado, a secretaria está desenvolvendo com o Salão de Artes a mesma pesquisa que foi feita com o Festival da Canção.
Isto é, um levantamento de edições realizadas no passado do Salão de Artes, para que elas sejam incorporadas ao histórico do evento e gerem a atualização da contagem de edições.
Com o Festival da Canção, foram identificadas três edições realizadas no passado, razão pela qual a edição de 2020 já foi oficialmente intitulada como a décima.
Houve também, no dia 30 de novembro, a premiação das melhores obras expostas, dividida em duas categorias: acadêmica e contemporânea.
Os artistas que ficaram em primeiro, segundo e terceiro lugares em cada categoria foram premiados em dinheiro. A Secretaria de Cultura e Turismo também entregou diplomas e medalhas de menção honrosa, além de certificados de participação para todos os selecionados.
O Salão de Artes de Mogi das Cruzes é um evento que busca fomentar, promover e difundir a produção artística, além de estimular a reflexão e o intercâmbio de ideias no campo das artes visuais, contribuindo para a formação de público e para a construção da história da arte mais recente no país.
Patronesse
A patronesse do Salão de Artes é a artista plástica Wilma Ramos, que faleceu há pouco mais de dez anos, em abril de 2009, aos 68 anos. Nome forte do naïf brasileiro, Wilma Ramos ficou conhecida internacionalmente por seus quadros que retratam o folclore brasileiro e as festividades regionais. Sua primeira exposição ocorreu em 1967, no Salão de Arte Contemporânea de Campinas.
A partir dos anos 70, expôs em Madri, Palma de Mallorca e Puerto de Pollensa, na Espanha. Entre 1968 e 1984, foi premiada em diversos salões de arte realizados no Estado de São Paulo, além de participar de mostras coletivas em vários países.
Apesar do prestígio internacional, a artista permanecia morando em Mogi, com a mãe e dois irmãos, onde ficou conhecida por integrar o Grupo Feminino de Artes Plásticas de Mogi das Cruzes. Formado por Ilda Veri Lopes, Ana MarB, Olga Nóbrega, Wanda Barbieri e Wilma, o coletivo era conhecido pela união e amizade das cinco artistas.
Durante toda sua carreira, Wilma mostrou por meio de telas sua devoção ao Divino Espírito Santo. Ficou também conhecida como a Senhora dos Verdes, devido a elementos muito presentes em suas obras, como colheitas agrícolas, aves tropicais, pescadores, congadas e imagens do Vale do Paraíba.