Sistema de coleta e tratamento de esgoto
O prefeito Marcus Melo vistoriou, na manhã desta terça-feira (30/10), as obras de esgotamento sanitário no Botujuru. O investimento é R$ 26 milhões na implantação de um sistema de coleta e tratamento de esgotos, sendo R$ 21, milhões no Botujuru e R$ 4,2 milhões em bairros de Cezar de Souza. Os serviços de implantação de coletores foi retomado após as desapropriações de áreas necessárias para conclusão do sistema. A previsão é de que a obra, que atingiu 50% de execução (somando Botujuru e Cezar), seja finalizada em 2019.
“Coletores e estações elevatórias terão de passar por terrenos particulares e tivemos dificuldade para conseguir autorização dos proprietários dessas áreas, além de algumas licenças ambientais. É um desafio cuidar de uma cidade já instalada. O Botujuru é um bairro antigo, que começou a ser ocupado há mais de 70 anos e agora, finalmente, contará com um serviço de saneamento que vai melhorar muito a qualidade de vida dos moradores”, afirmou o prefeito.
Estão previstos 45 quilômetros de redes de esgoto, 2.760 ligações domiciliares, 3.500 novas ligações prediais ao término da obra, 6 Estações Elevatórias (bombeamento) de Esgoto, 5.500 metros de linhas de recalque (bombeamento) e 11 quilômetros de coletores-tronco.
Até o momento, já foram concluídos 36 quilômetros de redes de esgoto, 4.811 metros de linhas de recalque, 2.709 ligações domiciliares, 893 poços de visita, 787 metros de coletores-tronco.
A empresa responsável pela obra faz a recomposição do asfalto nas faixas por onde passam as redes. Após o fechamento das valas, é necessário aguardar alguns dias para que ocorra a compactação do solo e, posteriormente, é aplicada a camada asfáltica.
Caso este período não seja respeitado, existe o risco de afundamento do pavimento. Este tempo de espera pode ser prejudicado por fatores externos, como chuva, por exemplo.
A Prefeitura e o Semae pedem a compreensão dos moradores, pois uma obra deste porte traz transtornos temporários devido ao tráfego de caminhões e máquinas, escavações e movimentação de terra e tubos.
Já os benefícios serão permanentes, pois a instalação da rede de coleta e tratamento tará uma significativa melhoria da qualidade de vida da população que deixará de conviver com fossas e esgoto a céu aberto.
Os trabalhos são acompanhados periodicamente com o objetivo de garantir a qualidade da obra e minimizar os transtornos.
A população beneficiada é de 35 mil pessoas, nos bairros do Botujuru, Jardim São Pedro, Vila Nova Aparecida, Jardim das Bandeiras, Granja Anita e região do Conjunto Jefferson.
Com as obras, todo o esgoto produzido nessas regiões será enviado para tratamento na Estação do Semae localizada em Cezar de Souza. Com o sistema, mais de 140 mil litros de esgoto deixarão de ser lançados por hora no Tietê, contribuindo para a despoluição do rio.
Acompanharam a vistoria o secretário municipal de Obras, Walter Zago; o diretor-geral do Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae), Glauco Luís Silva e vereadores.
Sabaúna
Além dessas obras feitas pela Prefeitura no Botujuru e Cezar de Souza, o Semae também está implantando um sistema autônomo de coleta, condução e tratamento de esgoto sanitário na Vila Andrade, em Sabaúna. O investimento é de R$ 2,6 milhões na instalação de uma Estação de Tratamento, três estações de bombeamento e implantação de 900 metros de rede coletora.
Até o momento, já foi concluída a implantação de redes por gravidade e iniciada a construção das elevatórias e fundação da futura estação de tratamento.
Evolução
No ano 2000 Mogi das Cruzes coletava 78% e tratava somente 0,5% do esgoto. Com grandes investimentos, o município obteve avanços históricos e hoje registra 95% de coleta e 61% de tratamento. (Julio Nogueira)