Mogi reitera pedido
O projeto de ampliação da Maternidade da Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes está totalmente aprovado tecnicamente pelo Estado, que reconhece e a necessidade do investimento, mas ainda depende de ajustes financeiros para ser executado. O pleito foi o principal assunto desta terça-feira (26/06), quando o secretário estadual de Saúde, Marco Antonio Zago, e sua equipe técnica receberam a visita do prefeito Marcus Melo e do secretário municipal de Saúde, Téo Cusatis, acompanhados do deputado estadual Marcos Damásio, em São Paulo.
O secretário informou que a Pasta não possui verba para execução do projeto de ampliação, orçado em R$ 1,8 milhão. “Não temos esse recurso em caixa para atender à solicitação nesse momento, mas sabemos da importância e atenção que o assunto merece”, explicou Zago, acompanhado de sua equipe técnica composta pela diretora diretora do Departamento Regional de Saúde (DRS 1) do Estado de São Paulo, Vânia Tardelli; do diretor da Coordenadoria de Regiões de Saúde (CRS), Benedicto Accacio Borges Neto; e do diretor da Coordenadoria de Gestão Orçamentária e Financeira (CGOF), Eloiso Vieira Assunção Filho.
A liberação da verba ainda em 2018 será trabalhada pelo deputado Marcos Damásio, que tem o prazo até 6 de julho para inclusão do projeto para aprovação do convênio. Para isso, o prefeito Marcus Melo solicitou à equipe do Estado um documento reforçando a aprovação técnica do projeto. “A ampliação da Maternidade da Santa Casa de Mogi é uma obra de extrema importância para garantir mais segurança e dignidade às mães e aos recém-nascidos e principalmente para minimizar a angústia vivida praticamente todos os dias com a superlotação da unidade”, ressaltou o prefeito, lembrando que o município já se disponibilizou a arcar com os custos de equipamentos, estimado em R$ 600 mil.
O projeto de ampliação da Maternidade foi protocolado na DRS-1 em 2 de agosto e, ao longo de praticamente um ano, a Prefeitura de Mogi das Cruzes não tem medido esforços para conseguir o recurso necessário. A proposta prevê a ampliação de 38 para 51 leitos obstétricos e de 9 para 20 leitos de UTI Neonatal, números necessários para minimizar os problemas enfrentados com a falta de leitos obstétricos e cuidados ao recém-nascido no Alto Tietê. Do ponto de vista assistencial, o projeto já está validado porque a Região possui vários estudos que apontam a necessidade de ampliação da Maternidade, reforçados, inclusive, por pedidos do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat).
A Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes é referência em Maternidade, Gestação de Alto Risco, UTI Neonatal, está pactuada para realizar 390 partos por mês e está realizando 550. Tem capacidade para 9 leitos de UTI Neonatal e está recebendo uma média de 15 bebês. “Nossa principal proecupação é com os riscos de infecção, problema enfrentando em 2010 e que não podemos permitir que se repita. Nós entendemos que o Estado tem essa responsabilidade junto com a Prefefeitura de fazer essa ampliação porque do jeito que está não pode continuar. Temos obrigação de dar dignidade para as mães mogianas”, afirmou o secretário Téo Cusatis.