Mogi segue entre as 100 maiores
Entre as 100 maiores cidades brasileiras, Mogi das Cruzes ficou em 32º lugar no mais recente Ranking de Saneamento 2018 elaborado pelo Instituto Trata Brasil e divulgado na quarta-feira (18/04). O estudo tem como base os dados do Ministério das Cidades em seu Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), com a situação dos serviços de água e esgoto em 2016.
Embora tenha caído três posições em relação ao ranking do ano passado, Mogi segue com bons indicadores, que a colocam à frente de 21 capitais, como Palmas (33º lugar), Brasília (35º), João Pessoa (37º) e Rio de Janeiro (39º), e de cidades maiores e mais ricas, entre elas Santo André (43º), e São Bernardo do Campo (44º).
Das 31 cidades que ficaram à frente de Mogi, somente nove contam com sistema municipal de saneamento (nas outras 22, os serviços de água e esgoto são de responsabilidade de empresas estaduais ou privadas).
Entre as autarquias municipais, portanto, o Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) de Mogi das Cruzes ficou em 10º lugar no País – neste quesito, melhorou duas posições em relação ao ranking de 2017, quando ficou em 12º.
O município registrou 48,73% de perdas na distribuição, que é a diferença entre a água produzida e a água consumida.
“Isso não significa que 48% da água que distribuímos se percam em vazamentos. Quando falamos em ‘perdas’, no referimos também a fraudes e hidrômetros antigos que não marcam o consumo corretamente”, explica o diretor-geral do Semae, Paulo Beono Jr.
A redução de perdas é um processo que demanda grandes investimentos, e isto vem sendo feito nos últimos anos pela autarquia.
Entre estas ações, estão a substituição de hidrômetros antigos, detecção de vazamentos não-visíveis e a Setorização do Distrito de Braz Cubas, concluída no ano passado e que consiste na subdivisão da rede do distrito em sistemas menores, o que agiliza as manutenções e diminui as perdas.
Tarifa
Outro indicador avaliado pelo Instituto Trata Brasil é a tarifa cobrada pelos serviços. O valor praticado pelo Semae, de R$ 2,66 o metro cúbico, é o 16º mais barato do ranking das 100 maiores cidades. Dos 31 municípios que ficaram à frente de Mogi das Cruzes, somente quatro cobram um valor menor que o Semae.
Todos os dados são de 2016 e, para este comparativo, a autarquia mogiana não considerou os municípios que informaram R$ 0,00 como valor de tarifa.
O Semae de Mogi das Cruzes também cobra a menor preço pelo serviço no Alto Tietê, já que as outras nove cidades da região são atendidas pela Sabesp. A tarifa do Semae para a primeira faixa de consumo, que vai até 10 mil litros de água por mês, é de R$ 34,72 (incluindo água e esgoto), 28% menos que os R$ 48,30 cobrados pela companhia estadual para a mesma faixa. (Julio Nogueira)