Semae conclui primeira etapa
O Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) concluiu a impermeabilização da primeira das duas câmaras do reservatório da Estação de Tratamento de Água (ETA) Leste, no Socorro. A finalização da segunda câmara está prevista para setembro. A autarquia está fazendo a recuperação estrutural de paredes, pisos e lajes do reservatório, que tem capacidade para 4,5 milhões de litros e abastece os distritos de Cezar de Souza, Sabaúna e alguns bairros da região do Rodeio. Além da segurança estrutural do sistema, o investimento contribui para reduzir as perdas de água tratada.
Outra reforma recente, concluída em maio e que faz parte do mesmo projeto de diminuição de perdas é a recuperação estrutural do Reservatório Baixo 1 (RB-1), na Vila Natal. Juntos, os dois investimentos somam R$ 1,2 milhão.
Maior reservatório da autarquia, com capacidade para 15 milhões de litros, o RB-1 foi inaugurado em 1972 e abastece uma área onde vivem aproximadamente 230 mil pessoas. Além da recuperação da estrutura de concreto, foi aplicado um novo revestimento impermeável no interior do reservatório.
Mogi das Cruzes fechou o ano de 2015 com 48,8% de perdas, relacionadas não apenas a vazamentos, mas também a ligações clandestinas/furto de água e hidrômetros antigos que não registram corretamente o volume consumido.
O índice vem caindo gradativamente, graças aos investimentos. O percentual de perdas relativo a 2016 está sendo consolidado junto ao Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).
Entre esses investimentos está a Setorização do Distrito de Braz Cubas, que está em fase final e consiste na subdivisão da rede do distrito em sistemas menores. Esta organização agiliza as manutenções, diminui as perdas e facilitará a tomada de decisão no direcionamento de novos investimentos, pois permitirá a comparação dos dados entre os setores.
Há ainda as ações de fiscalização do Departamento Comercial para identificar ligações clandestinas e outros tipos de fraude, bem como a correta classificação da categoria de consumo dos imóveis (residencial/comercial/industrial) que interferem no faturamento.
A autarquia também realiza um trabalho de troca de hidrômetros, já que aparelhos novos são mais precisos, o que evita perdas no faturamento. A medida atende a uma recomendação do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), órgão do Ministério Público de São Paulo, e ao Plano Diretor de Água do Município.
A substituição não tem custo para os moradores. Após cinco anos, os hidrômetros já não registram o consumo de maneira correta, e isso é um prejuízo para a cidade. Atualmente, 95% do hidrômetros tem até 5 anos de uso, garantindo maior eficiência na medição. (Julio Nogueira)