Prêmio José Mário Calandra

Apresentadas ao prefeito de Mogi

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Prefeitura de Mogi das Cruzes 09/12/2016

Propostas vencedoras do Prêmio José Mário Calandra são apresentadas ao prefeito de Mogi

 

O prefeito Marco Bertaiolli recebeu, na tarde desta sexta-feira (09/12), os idealizadores e participantes do Prêmio José Mário Calandra, para a apresentação das três propostas vencedoras do concurso, que selecionou, entre estudantes de Arquitetura e Urbanismo, projetos de revitalização do prédio da antiga Rodoviária de Mogi e seu entorno.

A iniciativa é do grupo O Diário, por meio da Cátedra Tirreno Da San Biagio, em parceria com a Escola da Cidade – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, que estava representada pelo arquiteto e professor Ciro Pirondi. Já o grupo de comunicação estava representado pelo diretor editorial, Chico Ornellas. O prefeito eleito, Marcus Melo, também acompanhou a apresentação, que ocorreu no novo auditório do prédio-sede da Prefeitura de Mogi das Cruzes.

Após as explanações, o prefeito Marco Bertaiolli afirmou que é possível trabalhar para que este projeto se torne realidade. “As três propostas se integram perfeitamente ao que a Prefeitura de Mogi das Cruzes já vem fazendo ao longo dos últimos anos no Centro da Cidade, com a entrega de equipamentos culturais, a priorização da circulação de pedestres e a entrega de praças públicas. Assim como os idealizadores desse projeto, nós também sonhamos com uma cidade mais carinhosa e acolhedora e tivemos a honra, ao longo dos últimos oito anos, de poder concretizar alguns desses sonhos”, destacou o prefeito, Marco Bertaiolli.

O chefe do Executivo mogiano pediu aos responsáveis pela elaboração das propostas, para que unam as mesmas em um só projeto, de forma que ele se torne executável dentro dos termos de uma administração pública, tendo em vista também a questão orçamentária. “A cidade de Mogi merece mais esse presente, até porque Mogi cresceu em torno da antiga rodoviária. Ela foi um vetor muito importante para o desenvolvimento do município. Este projeto, portanto, é um reconhecimento a esse valor e um sinal de grande respeito à nossa história”, complementou.

Os grupos responsáveis pelas três propostas selecionadas são: grupo Dunas (formado pelos alunso Camila Hon Ciofi e Renan dos Santos Sampaio, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo), grupo Locus (formado pelos alunos Gabriel Yuzo Massuda Suzuki, Larissa Florencia Bergmann Ferrão, Lucas Ryu Tomataya Boldt, Nayara de Oliveira da Silva e Rafael Kenzo Ishimoto, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Campinas) e o grupo Urupema, composto pelos alunos Denise Del Giglio, Paola Orgnagui e Paula Dal Maso Coelho, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP.

Os três projetos selecionados preveem intervenções nas partes interna e externa do prédio, com o destaque para algumas ideias em comum: os grupos sugerem, por exemplo, a redução no tráfego de veículos no entorno do imóvel e a possível implantação de um circuito cultural, com a previsão de circulação exclusiva para pedestres. Já na parte interna do imóvel, as propostas convergem para a criação de novos espaços

O júri do prêmio foi formado pelos arquitetos Ana Maria Sandim, presidente do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico e Paisagístico de Mogi das Cruzes (Comphap); José Francisco Magalhães, coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Braz Cubas (UBC) e pelos professores da Escola da Cidade, Eduardo Ferroni e Sebastian Beck.

Ao todo, 38 trabalhos foram recebidos e avaliados, no último dia 27 de outubro. Desses, oito foram pré-selecionados, até que se chegou aos três vencedores. O patrono do prêmio, José Mario Calandra, falecido em 1994, foi o empresário mogiano que idealizou e construiu o conjunto da Praça Firmina Santana.

O prédio da antiga Rodoviária de Mogi foi inaugurado no dia 31 de maio de 1941. À época a cidade já servia como rota de passagem entre as capitais São Paulo e Rio de Janeiro, por meio da Estrada Velha São Paulo-Rio e esta foi a primeira rodoviária a ser implantada ao longo do trajeto. Foi, portanto, um projeto inovador.

A partir de 1951, com a inauguração da Via Dutra, a rodoviária teve uma queda significativa na demanda, já que muitos passaram a optar pela nova rodovia. Ainda assim, continuou em funcionando, atendendo a ônibus que circulavam até São Paulo e Vale do Paraíba. O encerramento efetivo das atividades da antiga rodoviária aconteceu na década de 80, com a inauguração do Terminal Geraldo Scavone, no Mogilar. O antigo imóvel, que pertence atualmente à filha do homenageado, Maria Aparecida Calandra, passou a ser utilizado para pequenos comércios. (LMS)

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