Socorro e Vila Oliveira
O Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) fará, no sábado (07/05), um mutirão de orientação e de troca de hidrômetros no Socorro e na Vila Oliveira. Até a metade de 2016, a meta da autarquia é que todos os aparelhos da cidade tenham menos de 5 anos, como forma de reduzir fraudes e perdas de água, já que hidrômetros novos são mais precisos, evitando desperdícios. Atualmente 118.456 equipamentos (95%) estão nesta faixa. A substituição não tem custo para os moradores.
A medida também atende a uma recomendação do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), órgão do Ministério Público de São Paulo, por meio de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), de fevereiro de 2015. Somente no ano passado, mais de 33 mil aparelhos foram substituídos.
"Na Vila Oliveira e no Socorro chegamos a ter 80% de rejeição à troca dos hidrômetros. Muitos moradores não permitem que os funcionários entrem. O que pedimos é a colaboração para que autorizem a substituição. Após cinco anos, os hidrômetros já não registram o consumo de maneira correta, e isso é um prejuízo para a cidade", explica o diretor-geral adjunto do Semae, Dirceu Lorena de Meira.
Para execução dos serviços, três equipes percorrerão os bairros para orientar e reiterar a informação sobre a necessidade da troca com a entrega de notificação para aqueles que não atenderem essa obrigatoriedade. Com a notificação, haverá um prazo de cinco dias corridos para que o morador regularize a situação por meio das unidades do Pronto Atendimento ao Cidadão (PAC) ou do telefone 115 (Semae).
Caso a resistência persista, a autarquia instalará o aparelho por meio de caixa-padrão, do lado de fora da residência, na calçada ou na parede, com acabamento em alvenaria.
Se não houver regularização dentro do prazo, o morador estará sujeito ainda a multa de R$ 1.521,00 (10 Unidades Fiscais do Município - UFM).
Outras ações
Além da substituição de hidrômetros, o Semae realiza outras ações para reduzir as perdas de água. Uma delas é a Setorização de Braz Cubas, que consiste na subdivisão da rede do distrito em sistemas menores (com instalação e/ou nivelamento de registros, instalação de hidrômetros de grande porte e de válvulas redutoras de pressão, substituição de cavaletes e ramais, além do conserto de vazamentos em cavaletes). Esta divisão em sistemas menores agiliza as manutenções, quando há vazamentos.
A autarquia também faz um trabalho de detecção de vazamentos não-visíveis (que são aqueles em que a água não aflora à superfície), por meio da técnica conhecida como geofonamento, popularmente chamada de caça-vazamentos. A iniciativa aprimora os processos de manutenção preventiva e corretiva nas redes de distribuição do Semae.
Outra ação importante foi a ampliação das equipes de manutenção, que passaram de seis, em 2009, para 21, em 2015. A consequência direta foi a redução do tempo de reparo: há sete anos, a autarquia tinha uma média diária de 1.100 ordens de serviços abertas para manutenção na rede de água, número que baixou para 40, atualmente. Em 2009, os serviços eram realizados em 29 dias, em média. Desde o ano passado, este prazo está entre 12 e 48 horas. (JN)