Andamento de obras no Botujuru
A Prefeitura de Mogi das Cruzes e o Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) identificaram ligações irregulares de esgoto feitas por alguns moradores do Botujuru nas redes que estão sendo instaladas para implantação do sistema de esgotamento sanitário no bairro. Apesar das orientações da empresa responsável pelas obras – de que o procedimento ainda não deve ser feito – o problema persiste e vem ocasionando entupimentos na tubulação e em poços de visitas.
A autarquia reforça o pedido para que a população aguarde a conclusão dos serviços para, posteriormente, ligar o esgoto da residência na rede. A irregularidade está sujeita a multa de R$ 1.521,00, equivalente a 10 Unidades Fiscais do Município (UFM).
Sem a conclusão do sistema, o que incluiu estações de bombeamento e coletores-tronco que conduzirão 100% do esgoto do bairro para a Estação de Tratamento, em Cezar de Souza, o esgoto não tem o encaminhamento correto e pode parar, como já ocorreu, na tubulação – ou até mesmo na rua e em valas abertas para instalação da rede.
“Além dos transtornos, isso pode causar outro problema: a paralisação dos serviços para desobstrução dos tubos e, consequentemente, atraso das obras”, explica o diretor geral adjunto do Semae, Dirceu Lorena de Meira.
As obras de esgotamento sanitário no Botujuru alcançaram 12 quilômetros de redes coletoras implantadas. Iniciado em janeiro, o trabalho está dentro do cronograma e deve ser concluído no prazo inicialmente previsto, que é dezembro de 2016.
O investimento é de R$ 26 milhões e incluirá parte de Cezar de Souza, num total de 45 quilômetros de redes de esgoto e quatro estações de bombeamento, além de sistemas complementares (redes e coletores) que somam mais 16 quilômetros. A obra atenderá 35 mil pessoas (15 mil no Botujuru e 20 mil em Cezar) e, com ela, mais de 140 mil litros de esgoto deixarão de ser lançados por hora no Tietê, contribuindo para a despoluição do rio.
Com a finalização dos serviços no Botujuru e em Cezar de Souza e do Coletor Ipiranga (obras previstas para ocorrer também em 2016), os índices de coleta e tratamento de esgoto em Mogi das Cruzes devem chegar a 96% e 71%, respectivamente.
O Botujuru é o último grande loteamento de Mogi das Cruzes que não conta com esgotamento sanitário. Ao final dos serviços, o bairro terá 100% de coleta e tratamento, com uma significativa melhoria da qualidade de vida da população, que deixará de conviver com fossas e esgoto a céu aberto.
O Botujuru receberá 45 quilômetros de redes de esgoto, três estações de bombeamento, 2.760 ligações prediais, 3.500 novas ligações prediais após o término da obra, quatro quilômetros de linhas de recalque (que conduzem o esgoto da parte baixa para a parte alta do bairro) e 4,5 quilômetros de coletores-tronco. Já no distrito de Cezar de Souza haverá a construção de uma estação de bombeamento, 1,5 quilômetro de linhas de recalque e 7,5 quilômetros de coletores-tronco.
Inicialmente, as obras seriam custeadas com recursos do Semae, num total de R$ 18,8 milhões. Mas a Prefeitura conseguiu aprovação de projeto no Ministério das Cidades e, com isso, o dinheiro que seria aplicado foi investido em outras áreas – como a renovação da frota e a modernização de sistemas internos da autarquia. (JN)