Chega a 6 quilômetros redes instaladas
As obras de esgotamento sanitário no Botujuru alcançaram seis quilômetros de redes coletoras implantadas em quase duas dezenas de ruas do bairro. Iniciado há dois meses, o trabalho está dentro do cronograma e deve ser concluído no prazo inicialmente previsto, que é dezembro de 2016. “Apesar do período de chuvas, estamos em ritmo acelerado. Além dos seis quilômetros de rede, também já foram instaladas 1.500 ligações de esgoto com as residências”, disse o prefeito Marco Bertaiolli, que vistoriou os serviços na manhã desta quarta-feira (09/03), aprovou o bom andamento das obras.
Os serviços avançam em quatro frentes de escavações e implantação dos tubos coletores. O investimento é de R$ 26 milhões e incluirá parte de Cezar de Souza, num total de 45 quilômetros de redes de esgoto e quatro estações de bombeamento, além de sistemas complementares (redes e coletores) que somam mais 16 quilômetros. A obra atenderá 35 mil pessoas (15 mil no Botujuru e 20 mil em Cezar) e, com ela, mais de 140 mil litros de esgoto deixarão de ser lançados por hora no Tietê, contribuindo para a despoluição do rio.
“Estamos fazendo o serviço completo. O esgoto que era lançado in natura nos rios será coletado e enviado para tratamento. Posteriormente iniciaremos a obra em Cezar de Souza, onde já há rede de coleta, mas o esgoto ainda não é enviado para tratamento”, completa o prefeito. Com a finalização dos serviços no Botujuru e em Cezar de Souza e também do Coletor Ipiranga, cujas obras devem começar neste primeiro semestre de 2016, os índices de coleta e tratamento de esgoto em Mogi das Cruzes devem chegar a 96% e 71%, respectivamente.
O diretor-geral do Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae), Marcus Melo, também vistoriou a obra e disse que, apesar do desafio que a geografia com Botujuru apresenta, com ruas de declividade acentuada, os trabalhos estão dentro do prazo. “Nossa meta e terminar a obra em dezembro.”
O Botujuru é o último grande loteamento de Mogi das Cruzes que não conta com esgotamento sanitário. Ao final dos serviços, o bairro terá 100% de coleta e tratamento, com uma significativa melhoria da qualidade de vida da população, que deixará de conviver com fossas e esgoto a céu aberto.
O Botujuru receberá 45 quilômetros de redes de esgoto, três estações de bombeamento, 2.760 ligações prediais, 3.500 novas ligações prediais após o término da obra, quatro quilômetros de linhas de recalque (que conduzem o esgoto da parte baixa para a parte alta do bairro) e 4,5 quilômetros de coletores-tronco. Já no distrito de Cezar de Souza haverá a construção de uma estação de bombeamento, 1,5 quilômetro de linhas de recalque e 7,5 quilômetros de coletores-tronco.
Inicialmente, as obras seriam custeadas com recursos do Semae, num total de R$ 18,8 milhões. Mas a Prefeitura conseguiu aprovação de projeto no Ministério das Cidades e, com isso, o dinheiro que seria aplicado foi investido em outras áreas – como a renovação da frota e a modernização de sistemas internos da autarquia.
Nos últimos sete anos, Mogi das Cruzes executou uma série de obras nas áreas de coleta e tratamento de esgoto. Foram realizadas grandes urbanizações, como no Jardim Layr, Vila Nova União, região do Córrego dos Canudos, Jardim Aeroporto e Ruas Projetadas do Rodeio, além de ampliação de redes em Braz Cubas, Jundiapeba, Mogilar e em bairros centrais da cidade. (JN)