Nesta quinta-feira (19/03), às 20h30, acontecerá a abertura oficial do 2º Festival da Canção de Mogi das Cruzes. No palco, o público poderá conferir gratuitamente o show da compositora e intérprete com mais de 40 anos de carreira, Fátima Guedes. A presença da artista, que também iniciou sua carreira ganhando um festival, representa o apoio e deixa uma mensagem de perseverança aos compositores de Mogi das Cruzes e de todo o país.
O festival em si conta com 20 canções semifinalistas, que serão apresentadas nesta sexta-feira (20/03), também no Theatro Vasques, a partir das 20 horas. Das 20 selecionadas, cinco são de Mogi das Cruzes: “#ameninadavez”, de Ricardo Vergueiro, “Amaranto”, de Daniel de Barros Dias, “Me Fez Lembrar”, de Daniel Andrade, “Metrônomo”, de Raul Misturada e “Shopping Trem”, de Paulo Razek.
Também estão na disputa músicas de autores da Capital Paulista, Suzano, Santos, Campinas, Jacareí, Praia Grande e cidades mais distantes, como Rio Branco (AC), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Belo Horizonte (MG) e Cuiabá (MT). A final acontece neste sábado (21/03), também a partir das 20 horas, no Theatro Vasques.
O primeiro colocado receberá prêmio de R$ 3,5 mil. Já o segundo colocado leva R$ 2,5 mil, enquanto o terceiro fica com R$ 1,5 mil. Haverá também o prêmio Prata da Casa, direcionado a melhor canção mogiana, que renderá premiação no valor de R$ 1,5 mil e o prêmio de melhor intérprete, também com premiação no valor de R$ 1,5 mil. Além do prêmio em dinheiro, todos ganharão troféus. Será feita menção honrosa entre o 4º e o 10º colocado e todos receberão ainda certificado de participação.
Além disso, as dez músicas finalistas serão gravadas em um CD sem fins comerciais. A gravação dos áudios será ao vivo nesta sexta-feira.
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 4798-6900. (LMS)
Fátima Guedes
Nascida na Tijuca, no Rio de Janeiro, Maria de Fatima Guedes se mudou, aos oito anos, para o Rio Comprido, onde passou a juventude lendo muito e ouvindo música: clássicos por influência do padrasto, hits românticos por influência da moda, e MPB por influência da mãe, professora de literatura, que a introduziu no mundo das palavras. Foi ela que a presenteou com o LP “Chico Buarque Volume 4”, quando Fatima tinha apenas 11 anos.
Fatima começou a compor aos 15 anos e, aos 18, já tinha uma linguagem amadurecida em letras e melodias. Inscreveu-se no festival do Colégio Hélio Alonso, onde estudava e ganhou os prêmios de melhor composição e melhor letra com a canção “Passional”. No júri do festival estavam, entre outros, Maria Bethânia, o produtor Mariozinho Rocha, o poeta e letrista Paulo César Pinheiro e o jornalista Roberto Moura. Este último foi responsável por apresentar Fatima às pessoas do meio musical da época.
Numa reunião na casa do músico João de Aquino, ela conheceu Renato Corrêa, cantor, compositor e na época produtor da gravadora Odeon, que a convidou para gravar seu primeiro disco. Nesse mesmo ano, conheceu a cantora Elis Regina, que a apresentou em seu especial de fim de ano da TV Bandeirantes.
No início da década de 1990 foi morar em Los Angeles, onde fez apresentações em casas de jazz, voltando ao Brasil um ano depois. Aprimorou seu canto buscando tonalidades mais graves e se tornou também professora, ministrando aulas e cursos.
Foi gravada por quase todos os grandes nomes da MPB, como Maria Bethânia, Nana Caymmi, Simone, Alcione, Leny Andrade, Beth Carvalho, Ney Matogrosso, Alaide Costa, Jane Duboc, entre outros.
Costuma compor sozinha, mas atualmente seus parceiros vão se tornando cada vez mais numerosos, e entre eles estão artistas como Djavan, Ivan Lins, Joyce, Sueli Costa, Jorge Vercilo e Adriana Calcanhotto.