História de Mogi das Cruzes

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Prefeitura Municipal de Mogi 22/02/2014

HISTÓRIA DE MOGI

 

 

Gaspar Vaz foi o fundador de Mogi das Cruzes no ano de 1560. Abriu o primeiro caminho de acesso a São Paulo, dando início ao povoado, que foi elevado à Vila em 17 de agosto de 1611, com o nome de Vila de Sant'Anna de Mogi Mirim. A oficialização ocorreu em 1º de setembro, dia em que se comemora o aniversário da cidade.

 

Antes da fundação da cidade, o bandeirante Braz Cubas havia se embrenhado pelas matas do território mogiano, às margens do Rio Anhembi, hoje Tietê - o maior rio do Estado de São Paulo, à procura de ouro.

 

Mogi é uma alteração de Boigy que, por sua vez, vem de M'Boigy, o que significa "Rio das Cobras", denominação que os índios davam a um trecho do Tietê. Quando a Vila foi criada em 1611, devido ao costume de adotar o nome do padroeiro, passou a ser denominada "Sant'Anna de Mogy Mirim".

 

 

Mogi da década de 40:

Rua Dr. Deodato Wertheimer - a ligação norte-sul e um dos principais corredores comerciais da cidade, no trecho hoje transformado em calçadão -, traz à esquerda a Igreja do Rosário, que deu lugar a um hotel, e em frente a popular Praça João Pessoa (Gogelis, 1949)

 

Foto da prefeitura de Mogi das Cruzes

 

 

Na língua indígena, Mirim quer dizer pequeno. Provavelmente, uma referência ao riacho Mogi Mirim. A linguagem popular tratou de acrescentar o termo "cruzes" ao nome oficial da Vila. Era costume dos povoadores sinalizar com cruzes os marcos que indicavam os limites da Vila, de acordo com tese de Dom Duarte Leopoldo e Silva, confirmada pelo historiador e professor Jurandyr Ferraz de Campos.

 

Mogi das Cruzes começou como um povoado, servindo como um ponto de repouso aos bandeirantes e exploradores indo e vindo de São Paulo.

 

1531: Martim Afonso de Sousa desembarca na Ilha do Abrigo, junto ao Porto de Cananéia, trazendo consigo a primeira leva oficial de colonizadores, entre os quais os quatro irmãos Antônio, Gonçalo, Catarina e Brás Cubas.

 

1536: Voltando a Portugal, Brás Cubas recebe, a 25 de setembro, concessão da sesmaria de Jeribatiba - que é outorgada pela esposa de Martim Afonso de Sousa - que alcançava até as áreas ocupadas hoje pela cidade.

 

1560: Segundo Aureliano Leite, Brás Cubas se embrenha pelo sertão e descobre ouro em vasta semaria que chega quase à margem esquerda do Rio Anhembi (Tietê) - que comunica ao Rei em carta datada de 25 de abril de 1562.

 

1592: Segundo apurou Frei Thimoteo, falece Brás Cubas.

 

1601: Fundação da povoação por Gaspar Vaz, que também abriu o caminho ligando a São Paulo de Piratininga.

1611: 17 de agosto: Povoação elevado a vila (o requerimento é aprovado pelo governador Dom Francisco de Souza).

 

1611: 1º de setembro: Oficialmente instalada com o nome "Vila de Sant'Anna de Mogy Mirim". Mogi torna-se a 17ª vila do Brasil Colonial.

1671: A 17 de agosto é assinado o alvará que cria o município de Mogi das Cruzes.

 

1677: Convocados pelo procurador do conselho paulistano Brás Rodrigues de Arzão, reúnem-se os representantes das câmaras de Parnaíba e de Mogi das Cruzes com os seus colegas de São Paulo. De Mogi estão presentes o capitão João Dias Mendes e Antônio Pimenta de abreu. Motivo: a Câmara de Ilha Grande mandara uma carta denunicando que o Governador do Rio de Janeiro estava dando carta de alforria a todos os índios que lá fossem ter. Urgia uma providência contra a prática, caso contrário todos os índios iriam ao Rio a fim de libertar-se. Resolveu-se escrever para a sua Alteza pedindo providências. (22 de junho).

 

1789: A 7 de maio, avisado de que fôra descoberta a conspiração mineira e de que estava sendo perseguido pela polícia, o alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, homisia-se na casa de Domingos Fernandes, paulista de Mogi das Cruzes, que reside no Ri de Janeiro, à rua dos Latoeiros, hoje rua Gonçalves Dias. Segundo Viriato Correia a casa do mogiano Domingos Fernandes foi cercada por policiais e a prisão de Tiradentes se deu às 9 horas, por uma escolta comandata pelo alferes Francisco Pereira Vidigal.

 

1855: 13 de março: Mogi das Cruzes elevada a Cidade, pela Lei Provincial n.º 5, derivado do projeto n.º 7 dos deputados Salvador José Corrêa Coelho e Pereira Chaves apresentado à Assembléia Provincial em 1º de março.

 

1874: 10 de abril: Mogi das Cruzes elevada à condição de Comarca, pela lei n.º 29.

 

1895: A 2 de abril inicia sua atividade a "Corporação Musical Coelho, Antônio Mármora e Maestro Júlio Ernesto de Oliveira. Sua primeira apresentação faz-se em romaria à Aparecida. São os seguintes os primeiros participantes da corporação: Antônio Martins coelho, Júlio Ernesto de Oliveira, Antônio Mármora, José de Alemida Rosa, Joaquim de Almeida Rosa, Alfredo César, Elieser Arouche de Toledo, Joaquim Batalha, Antônio Ferreira de Sousa, João Muniz, Manuel Pinto de Almeida, Manoel Arouche, Pedrinho Floriano, Savério Larotonda, Jpsé Fernandes, Benedito Fernandes de Siqueira, João de Campos, Benedito Corrêa Netto, Benedito Neves, Salvador Cabral, José de Siqueira Guimarães e Prof. José Narciso de Camargo Couto.

1905: 13 de maio: funda-se a Corporação Musical União Mogyana.

 

1905: 10 de setembro: sai o primeiro número do semanário "O Malandro", de propriedade do sr. João Junker Filho e gerência do Sr. A. de Oliveira Santos.

 

1906: 15 de abril: circula o primeiro número do semanári "A Vida", de propriedade de Silva & Sodré. Formato 18x28, com grande margens, 3 colunas de 4 centimetros cada, a partir do n.º 7 esse formato seria aumentado para 26x35, com três colunas de seis centímetros cada. Número avulso, 100 réis.

 

1906: 19 de julho: publica-se o primeiro número do semanário "O Furo", dirigido por Mello, Mellinho & Mellão.

1908: 12 de janeiro: tornada pública a relação dos integrantes da brigada 149ª da Guarda Nacional, com sede em Mogi das Cruzes. É constituída de três batalhões de dezesseis companhias, além de um estado-maior sob o comando geral do Coronel Benedito José de Almeida. Alguns homens: Capitão Emílio Navajas, Capitão Ajudante Francisco José de Almeida, Tenente Aristóteles de Andrade, Capitão Ajudante Basílio Pinto da Fonseca, Capitão João Elesbão das Neves, Tenete Secretári do Estado Maior Manuel de Sousa Melo Freire, Alferes Adelino Melo, Tenente Secretário Galdino Pinheiro Franco, Alferes Francisco Borges de Siqueira, Teenente Secretário Adelino Borges Vieira, Capitão Joaquim de Melo Freire, Tenente Andronico de Oliveira Lôbo, Tenente Secretário Antonio José de Alcântara Ingliano, 1º Tenente Eduardo Lopes, Tenente quartel mestre Luís Marcondes dos Santos, Tenente quartel mestre Narciso de Melo Franco, Capitão assistente Firmino Ladeira, Capitão ajudante Leopoldo José Sant'Anna, Tenente Coronel Comandante Francisco de Sousa Franco, Coronel Comandante Benedito José de Almeida, Major Fiscal Francisco Pinheiro Franco, Capitão assistente Benedito Borges Vieira.

 

1910: circula em Mogi o semanário "Procellaria"

 

1910: 11 de junho: inagurua-se a "Corporação Musical Luso-Brasileira", de que é presidente o sr. João Murta.

 

1910: 20 de setembro: inaugura-se oficialmente a "Sociedade Italiana G. Garibaldi", de que é Presidente o sr. Fernando Tancredi.

 

1910: 1º de dezembro: por iniciativa dos srs. Luís Marcondes dos Santos, Benedito Sant'Anna, Martim Cruz e Manuel de Sousa Melo Freirre, realiza-se a primeira assembléia geral para fundação de um Tiro de Guerra em Mogi das Cruzes. A essa assembléia comparecem 105 pessoas e funda-se o Tiro.

 

1910: 31 de dezembro: o Departamento da Guerra incorpora, sob o n.º 120, da 3.ª categoria, a Linha de Tiro de Mogi das Cruzes.

 

1912: agosto: Recebe sessenta carabinas "comblain" e quatro "Mauser", o Tiro de Guerra 120 entra em efetivo funcionamento.

 

1912: 13 de agosto: grande multidão e tôda a colônia portuguesa local homenageia na Estação da Central, a passagem em trem de luxo, do Dr. Bernardino Machado, Ministro Pleniponteciário de Portugal. Toca a Banda União e são pronunciados discursos.

 

1912: 29 de agosto: para comemorar o término da guerra ítalo-turca, várias festividades são realizadas na cidade, sobressaindo-se as levadas a efeito pela Sociedade de Mútuo Socorro Giuseppe Garibaldi, di que é presidente o s. Fernando Tancredi.

 

1913: 16 de janeiro: sai o primeiro número do semanário "O Rabisco" que se publicará às quintas-feiras nesta cidade. É seu proprietário o gerente de "A Vida", sr. José Alarico e redator-chefe o Sr. Martorano Sobrinho.

 

1913: 20 de abril: funda-se o sexteto "Orchestra Carlos Gomes", que toca no Cinema Parque.

 

1913: 7 de setembro: funda-se em Mogi o União Futebol Clube.

 

1914: 10 de junho: falece em Mogi um dos homens mais ricos que a cidade já teve: o Dr. Benedito Estelita Álvares. Herdeiro de milionário português que o legitimara, o Dr. Estelita estudou na França, em cuja Univesidade de Sorbonne se formou. Era grande conehcedor de arqueologia, Mineralogia, Zooologia, Botânica, Física e Química, tendo viajado quase todo o mundo. Em sua casa possuía preciosa biblioteca, inclusive com inúmeras obras raras. Casara-se a 10 de janeiro de 1891, num de seus palacetes em São Paulo, com a srta. Maria Cândida Junker, numa festa que embasbacara os meio sociais paulistanos.

 

1914: 23 dea gosto: funda-se em Mogi a Loja Maçônica "União e caridade IV", subordinada ao Grande Oriente de São Paulo.

 

1926: 26 de maio: Benedito Olegário Berti, Benedito Augusto de Sant'Anna Andrade, Galdino alves e Francisco Navajas, funda-se em Mogi a "Corporaçã Musical Santa Cecília" - que se inauguraria seis meses depois a 22 de novembro, Dia de Santa Cecilia.

 

1928: 28 de janeiro: a Rádio Club inicia suas transmissões em caráter experimental.

 

1930: 12 de junho: o capitão Antenor Bolina, devidamente autorizado pela Prefeitura Municipal e pela Frente Única, inicia o alistamento de oluntários que constituiriam o 1º Batalhão de Caçadores de Mogi.

 

1930: 15 de junho: segue para a Capital o primeiro contigente de voluntários mogianos, integrado de 79 homens, que se apresenta à Concentraçaõ Dr. Moraes Andrade.

 

1930: 11 de agosto: chega a noticia do falecimento em combate do Cabo Diogo Oliver, voluntário mogiano à Revolução Constitucionalista.

 

1930: 14 de agosto: chega a noticia do falecimento em combate, na zona norte, do mogiano Fernando Pinheiro Franco, do Batalhão Piratininga. O enterro acontece no dia 16 tendo seu caixão envolto nas bandeiras nacional e paulista.

 

1932: 19 de agosto: organiza-se em Mogi a comissão local da campanha do Ouro para o bem de São Paulo - que entra desde logo em atividade. É constituída dos srs. Padre Cícero Revoredo, Presidente; Prof. Aprígio de Oliveira, secretário; Alvarino Bessa, Dr. Jaime T. da Silva Teles, Dr. Gastão Pereira de Sousa, Manuel Pacheco, Dr. Deodato Wertheimer, José Cury Andery, Prof. Benedito Borges Vieira e Joaquim de Sá.

 

1932: 11 de setembro: a "Corporação Musical Guarani", em sua retreta na Praça Osvaldo Cruz, executa, pela primeira vez, as canções constituicionalistas "Voluntários da Lei" e "Legionários Paulistas", de autoria do maestro Antônio Mármora Filho.

 

1934: 11 de julho: inaugura-se o Conservatório Musical Carlos Gomes, sob a direção do Mestro Antônio Mármora Filho.

 

1935: 15 de agosto: falece em São Paulo o Dr. Deodato Wertheimer. Vereador, Presidente da Câmara Municipal, Prefeito e Deputado à Câmara Estadual, pertencente ao Partido Republicano Paulista.

 

1935: 1º de setembro: comemora-se, pela primeira vez, com várias festividades, a data aniversária da cidade de Mogi das Cruzes. Sai o folehto "Mogi da Cruzes - dados históricos e notas diversas", de 52 páginas e muitas fotografias do historiador mogiano prof. Emilio Augusto Ferreira.

 

1937: sai o livro "Notas de História Eclesiástica", de D. Duarte Leopoldo e silva, que dedica um capítulo inteiro à História de Mogi. Ele trancreve documetnos do Arquivo da Prefeitura mogiana, revelados por Emili Ferreira.

 

1944: 30 de novembro: em carta, o Ministro da Guerra comunicao ao sr. João Desambiagio e esposa o falecimento em combate, na Itália, do primeiro expedicionário mogiano: o soldado Américo Rodrigues.

 

1945: 4 de março: com a participação de grande número de expedicionários mogianos, entre a neve e o fogo inimigo, o 6º. RI da Força Expedicionária Brasileira conquista o Monte Soprasasso, na Itália.

 

1945: 7 de maio: comemorações do "Dia da Vitória", que marca a queda definitiva de Berlim e o fim da guerra na Europa. As 16:30 horas, sob a direção do Rvmo Pe Lino, vigário da paróquia, tem lugar grande passeata com a imagem da Padroeira do Brasil.

 

1945: 7 de agosto: ocorrem homenagem aos expedicionários mogianos que chegam à cidade, em trem vindo de Caçapava. Tendo à frente o Tenente Onofre Rodrigues de aguiar e seguidos pelo Tiro de Guerra, autoridades e escolares. Lembrados os que não voltaram: Oto Unger, Américo Rodrigues, Francisco Franco, Antônio Castilho Gualda, Jamil Daglia e Albino César, falecidos, e Hamilton da Silva e Costa, desaparecido.

 

1950: 7 de setembro: no bairro do Cocuéra, grande número de japoneses de todo o municipio visita o local onde está sendo construiído o "Monte Mogi Hakone" - jardim típico japones.

 

1951: 2 de janeiro: são chamados os cidadãos da clase de 1932 para exame de saúde, a fim de se inscreverem na primeira turma do Tiro de Guerra 173 que acaba de ser criado em Mogi, em substituição ao TG 120.

 

1952: 21 de abril: é eleita Rainha da 1ª Festa do caqui a srta. Laura Yoshizaki, que tem suas princesas as srtas. Sachie Nishie, Shizuka Nishimura, Amelia Massuda e Kazuko Kunitomo.

1961: sai o livro História de Mogi das Cruzes, por Isaac Grínberg, fatos relevantes descritos naqui.

 

Mogi das Cruzes é um município brasileiro do estado de São Paulo, na microrregião de mesmo nome, que se localiza aproximadamente a 45 km ao leste da capital do estado, contando com 347.281 habitantes (estimativa do IBGE para 2003). Após a capital, Mogi das Cruzes é o maior munícipio, em área, da Região Metropolitana de São Paulo, com 725,4 km². A densidade demográfica é de 478,74 hab/km². É município desde 1611 e cidade desde 1865.

 

Aniversário: 1 de setembro

Fundação: 1865

Gentílico: mojiano

Prefeito(a): Junji Abe

PSDB, no cargo até 2008

 

Características geográficas

 

Área 725,4 km²

População 347.281 hab. IBGE/2003

Densidade 478,74 hab./km²

Altitude metros

Clima subtropical Cfa

Fuso horário UTC -3

 

Demografia

 

 

Mogi das Cruzes acolhe colônias de todos os cantos do mundo, com destaque especial para a colonização japonesa, com uma grande quantidade de "nihon-jin" (japoneses) e seus descendentes, que já estão em sua terceira geração na cidade.

 

Dados do Censo - 2000

 

População Total: 330.241

 

Urbana: 302.116

Rural: 28.125

Homens: 162.636

Mulheres: 167.605

Densidade demográfica (hab./km²): 455,25

 

Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 21,42

 

Expectativa de vida (anos): 68,50

 

Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 2,15

 

Taxa de Alfabetização: 93,50%

 

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,801

 

IDH-M Renda: 0,767

IDH-M Longevidade: 0,725

IDH-M Educação: 0,910

 

(Fonte: IPEADATA)

 

Economia

 

 

Mogi das Cruzes é um pólo universitário, contando com duas Universidades de grande porte (UMC e UBC) e uma Faculdade (Náutico), além de fazer parte do conhecido "Cinturão Verde", abastecendo toda a região Metropolitana de São Paulo e do Rio de Janeiro, com sua produção de hortifrutigranjeiros.

 

O parque industrial de Mogi das Cruzes conta com mais de 400 indústrias de todos os portes e origens, encontrando-se em franca expansão, especialmente no recém implantado Distrito Industrial do Itapeti.

 

O lema de Mogi das Cruzes é "Construindo o futuro ao lado do cidadão".

 

Limites

 

 

Os limites municipais são Santa Isabel a noroeste e norte, Guararema a nordeste, Biritiba-Mirim a leste, Bertioga e Santos a sul, Santo André a sudoeste, Suzano a sudoeste e oeste, Itaquaquecetuba a oeste e Arujá a noroeste.

 

 

Fotos históricas de Mogi das Cruzes.

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